Adeus, Armando Nogueira...
O jornalista Armando Nogueira, morreu hoje às 7h no Rio, aos 83 anos. Segundo informações da Globo News, ele morreu em casa, na Lagoa, vítima de um câncer no cérebro, diagnosticado em 2007.
O jornalista foi responsável pela implantação dos programas jornalísticos em rede nacional na TV Globo e pela criação dos programas "Jornal Nacional" e "Globo Repórter".
Confira, abaixo, a cronologia da carreira do jornalista e comentarista esportivo:
14 de janeiro de 1927 - Nasce em Xapuri, Acre;
1944 - Muda-se para o Rio de Janeiro;
1950 - Começa a carreira de jornalista do "Diário Carioca", onde foi repórter, redator e colunista;
1954 - Participa pela primeira vez de uma cobertura de Copa do Mundo;
1957 - Trabalha na revista "Manchete" como redator-principal;
1957 a 1959 - Trabalha como repórter fotográfico na revista "O Cruzeiro";
1959 - Começa a trabalhar no "Jornal do Brasil". Em sua passagem pelo jornal, foi redator e colunista, assinando a coluna diária "Na Grande Área";
1959 - Inicia sua carreira no telejornalismo, na antiga TV-Rio;
1966 - É nomeado diretor da Central Globo de Jornalismo, cargo que ocupa até 1990;
1980 - Participa, em Moscou, de sua primeira cobertura dos Jogos Olímpicos;
1993 - Integra a equipe da Rede Bandeirantes de Televisão na cobertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona;
2004 - Participa da cobertura dos Jogos Olímpicos de Atenas junto com a equipe do canal pago SporTV
Armando Nogueira participou da cobertura de 15 Copas do Mundo e foi um dos principais nomes do jornalismo brasileiro.
Para homenageá-lo, o seu nome é dado a uma premiação promovida pelo canal Sportv aos melhores jogadores do país.
O jornalista foi, de 1966 a 1990, diretor da Central Globo de Jornalismo da Rede Globo de Televisão, onde dirigia também a Divisão de Esportes.
Ao longo de sua carreira, Armando Nogueira escreveu dez livros com o esporte como tema. Drama e Glória dos Bicampeões, com Araújo Neto; Na Grande Área; Bola na Rede; O Homem e a Bola; Bola de Cristal; O Voo das Gazelas; A Copa que Ninguém Viu e a que Não Queremos Lembrar, com Jô Soares e Roberto Muylaert, O Canto dos Meus Amores; A Chama que não se Apaga, e A Ginga e o Jogo.
Esportistas e profissionais da TV lamentaram na manhã de hoje a morte do jornalista Armando Nogueira:
Leia a repercussão da morte do jornalista.
Pedro Bial, jornalista
"Eu e talvez toda a minha geração... nós simplesmente não existiríamos se não fosse Armando Nogueira. Eu comecei a ler jornal por causa dos textos dele (...) O destino ainda me reservou a chance de ter ele como meu primeiro chefe. É como se eu tivesse perdido um pai."
Fernando Meligeni, ex-tenista
"Que notícia triste acabo de receber. Falecimento do mestre Armando Nogueira. Que cara espetacular, que pessoa linda. Tive a honra de conhece-lo."
Luciano Huck, apresentador
"Parte da história da televisão brasileira foi escrita por Armando Nogueira! Deixo registrada minha admiração e carinho à família."
Renata Capucci, jornalista
"Mestre Armando Nogueira morreu."
J.B. Oliveira, o Boninho, diretor de TV
"Deixo meu beijo para o jornalista, amigo, aviador, poeta e criador do 'JN', Armando Nogueira."
Giovane Gávio, treinador de vôlei
"Compartilho com a família e amigos do Armando Nogueira a dor deste momento. Eternizado em nossas mentes e corações com comentários brilhantes!"
Em seu estado natal, Acre. Ele já foi e continuará sendo reverenciado de todas as maneiras. Inclusive, a 1° piscina olímpica do estado foi construída na escola que leva o seu nome na capital, Rio Branco.
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