COSMOPOLITAN



No fim dos anos 90, um drinque de sabor equilibrado e levemente adocicado virou febre nos bares e restaurantes de Nova York. Batizado de cosmopolitan, conquistou fãs, como a cantora Madonna, e se transformou em uma espécie de bebida oficial da cidade. A receita é simples: vodca, Cointreau e sucos de cranberry e limão. Demorou um pouco para chegar por aqui. Como a cranberry – uma frutinha avermelhada originária da América do Norte, parecida com a cereja – dificilmente era encontrada em São Paulo, poucas casas se animaram a copiar o coquetel. "Alguns lugares tentaram substituí-la por groselha ou xarope de frutas vermelhas, mas não se consegue o mesmo resultado", explica o barman Derivan Ferreira de Souza, do bar-restaurante San Francisco Bay. Agora, graças à importação da polpa da fruta, que pode ser encontrada em lojas de produtos naturais, a bebida está começando a aparecer nos cardápios. E a fazer sucesso.

O Baretto, no Itaim Bibi, foi um dos pioneiros na cidade a oferecer o drinque, há um ano. "Tem cliente que vem aqui só para tomá-lo", conta o gerente Hélio Luiz de Andrade. Outros pontos badalados da noite, como o Boo, o Na Mata Café, o Le Caipirinha e o Cantaloup Living Room, aderiram à onda. Nos Estados Unidos, os críticos gastronômicos contam que o cosmopolitan foi inventado em meados da década de 90 por um barman de South Beach, uma das mais famosas praias de Miami. Logo conquistou uma legião de apreciadores nas principais cidades americanas e do mundo. "Já vi gente bebendo o cosmopolitan em Xangai, na Cote d'Azur, em Roma e em Berlim", afirma o publicitário Washington Olivetto. "Mas acho feminino demais para o meu paladar."

O drinque realmente agrada mais às mulheres que aos homens. "É docinho, suave e um ótimo aperitivo para antes do jantar", diz a consultora financeira Mariana Niro, de 25 anos. Ela experimentou pela primeira vez a bebida em Miami e costuma repetir a dose no recém-inaugurado Espelho, na Vila Olímpia. O cosmopolitan é servido em taça de dry martíni com uma casca de limão discretamente presa na borda. Sua cor tem uma tonalidade rósea. Existe ainda uma variação da receita que substitui o Cointreau por curaçau triple sec, sem a perda do sabor original. Embora não ameace a hegemonia da cerveja ou da caipirinha, o coquetel desponta como um forte candidato a hit do próximo verão. Isso se a alta do dólar não tornar proibitiva a importação da frutinha vermelha.

Ingredientes:

30 ml de vodka
20 ml de cointreau
20 ml de suco de cranberry
5 gotas de suco de limão
2 pedras de gelo picadas
1 cereja

Bata todos os ingredientes na coqueteleira. Após estarem todos misturados, sirva em uma taça de Dry Martini previamente colocada pra gelar com uma cereja dentro.
Para a decoração, prenda uma casquinha de limão na borda do copo.

*Matéria veiculada na Vejinha em 2002.

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