OXUMARÉ


Oxumaré: No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares de contas de vidro amarelas e verdes; a Terça Feira é o dia da semana que lhe é consagrado.

Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.
Oxumarê, na África, é tido como o dono da mina de ouro, senhor de toda a riqueza.

Seus domínios se estendem a tudo o que for alongado, assim como o cordão umbilical.
Orixá de extrema força, podendo controlar a vida e a morte em nosso corpo (alongado), assim como também em nosso planeta, pois segundo a mitologia Yorubá, é ele quem segura a terra para que a mesma não parta. É também quem a faz girar.

Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, porém mais tarde, dão uma grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles.

São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se tornam terríveis quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de oxumarê, o seu lado mais perigoso.

Reza a lenda que houve um tempo em que oxumaré viveu no meio dos mortais. ele era um grande babalaô, curandeiro e vidente. Seus dons eram tão grandes, que ele adivinhava tudo que iria acontecer e orientava as pessoas para mudarem os fatos segundo seu gosto.

Isso começou a interferir nos destinos das pessoas e a prejudicar os projetos dos orixás. Por isso, os orixás decidiram afastá-lo da humanidade. Falaram com olorum, que transformou oxumaré num arco-íris, que deveria ficar para sempre no céu. Mas oxumaré tanto pediu, que conseguiu autorização para voltar a ter contato com os humanos de 3 em 3 anos.

Oxumaré costuma promover grandes reviravoltas na vida de seus filhos anualmente, muitas vezes na época de seu aniversário. Tanto pode ocorrer um problema de saúde como uma mudança de emprego, de casa, o afastamento de velhos amigos e chegada de novos etc.

O que faz
dá sorte, fartura e fertilidade. Protege a gravidez.

Quem é
o mensageiro dos orixás para os mortais.

Saudação
arô boboi

Onde recebe oferendas
Em poços ou fontes na mata.

Presentes prediletos
Flores multicores, velas, suas comidas e bebidas preferidas.

Oxumaré é, ao mesmo tempo macho e fêmea.

Orixá andrógino, cuja função principal é a de dirigir as forças que produzem movimento, ação e transformação. Por ser bissexual, tem uma natureza dupla; é representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-íris, que significam a renovação e a substituição.

Durante seis meses é masculino, representado pelo arco-íris e tem como incumbência levar as águas da cachoeira para o reino de Oxalá no Orum (céu). Nos outros seis meses, Oxumaré assume a forma feminina, e nessa fase, seria uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessém.

A dualidade de Oxumaré faz com que ele carregue todos os opostos e antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea,doce e amargo...

Oxumaré está presente nas negociações, no pagamento das contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares em que se manuseia dinheiro.

Oxumaré, o arco-íris, é entendido em molhos. Come de quase tudo, desde que venha com um bom molho:
Molho de Pimenta e Limão
Amasse três ou quatro pimentas-malaguetas com meia colher (de chá) de sal, uma cebola ralada e um dente alho socado, até obter uma pasta.
Junte meia xícara de suco de limão e deixe descansar durante uma hora antes de usar.
É um bom molho para peixe, camarão, frigideiras, mas não se pode guardar, porque fermenta.

Molho de Dendê e Vinagre
Três ou quatro pimentas-malaguetas amassadas com meia colher (de chá) de sal e uma cebola ralada.
Junte uma colher (de chá) de coentro, um quarto de xícara de azeite-de-dendê e maia xícara de vinagre.
É molho para bacalhau em leite de coco, para escaldados de peixe e de caranguejo.

Molho Nagô
Soque três ou quatro pimentas-malaguetas com meia colher (de chá) de sal e um quarto de xícara de camarão seco moído.
Junte um quarto de xícara de suco de limão e meia xícara de quiabos frescos, cortados e cozidos.
É molho para carne-seca e para carne-de-sol. Ou para o cozido.

É a serpente-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento.

O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás.

É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda.

Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.

De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.

É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin e Obaluaiyê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento.

Seus iniciados usam Brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem à mão um Ebiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas de palmeiras.

Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado.

A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê.

Todas as cores do arco-íris o pertencem.

Seus filhos podem apresentar quadros de Bipolaridade.

Os oríkì de Oxumaré são bastante descritivos:
“Oxumaré fica no céu
Controla a chuva que cai sobre a terra.
Chega a floresta e respira como o vento.
Pai venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida”

Durante suas danças, seus iaôs apontam alternadamente para o céu e para a terra. As pessoas gritam “Aroboboí” para saudá-lo.

Oxumaré é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos.

É o orixá da tese e da antítese.

Simboliza também a força vital, do movimento, a ação da eterna transformação.

Sua natureza dupla é definida pelas cores azul e vermelho que permeiam o arco-íris.

São generosos ou avaros, conforme a situação econômica em que se encontram. Agitados e observadores procuram constantemente o equilíbrio e a harmonia.

Suas grandes forças são a eloqüência e a inteligência, armas que usam com muita habilidade em situação de ataque ou defesa.

É enigmático e agraciado com o dom da sabedoria inata.

É Filho de Nanã e irmão de Omolú.

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