PRA SEMPRE NOVA IORQUE!

Nova Iorque é uma daquelas cidades em que não nos conformamos em ir, apenas, uma vez, na vida. No vôo de volta, já está estamos fazendo planos para um retorno, seja para rever alguma coisa com mais profundidade, passar mais tempo em determinado lugar ou ver algo que não deu tempo de ver. Enfim, existem mil motivos para ir ou voltar a Nova Iorque. É claro que não daria para enumerar cada um deles aqui, mas vou falar dos mais fortes: a facilidade de se locomover, as ruas e avenidas largas, ótimas para caminhar, a facilidade de comunicação e o inesgotável número de opções de lazer. Isso, sem falar que é uma cidade linda, multicultural, arrojada, em permanente transformação. Há sempre muito o que ver, o que fazer, o que aprender, em Nova Iorque.
Uma cidade e muitos Ângulos
A cada estação, um layout diferente. São cores, aromas e atitudes próprios de cada época e que se renovam a cada ano. No verão, ela é quente, um verdadeiro forno. É quando os nova-iorquinos-com-grana correm pros Hamptons, em busca da brisa da praia ou se esquivam sob a proteção de um ar-condicionado potente. No Central Park, é tempo de fazer piquenique e tirar a roupa para aproveitar o sol, brincar com as crianças, andar de bicicleta, de patins e visitar as focas, ursos e pingüins do pequeno zoológico do parque. Shakspeare é encenado por atores da Broadway, com entrada franca, assim como óperas, concertos e shows proliferam pela cidade. O Fourth of July, dia da independência dos Estados Unidos, é festejado com os fogos da Macy’s e várias salas da cidade abrigam o JVC Jazz Festival, onde grandes músicos do ritmo americano se exibem. O Lincoln Center, maior e tradicional espaço dedicado à dança, oferece espetáculos de dança e teatro, grátis. E a alegre e colorida Lesbian and Gay Pride Day Parade concentra um público de gays e simpatizantes, sem preconceito. Até que o Labor Day marca o fim do verão e dá início ao outono, quando o clima ameniza, torna-se civilizado e o colorido do Central Park é outro: vários tons de cobre, amarelo e vermelho transformam este que é o pulmão, o ponto de referência da cidade, no cenário mais bonito do seu cotidiano. Os italianos festejam San Genaro com dez dias de festa e procissões em Little Italy, o bairro italiano de Nova Iorque. Tem início o campeonato de futebol americano, quando os dois times nova-iorquinos Giants e Jets jogam no Giants Stadium, em Nova Jersey, não muito longe para quem gosta do esporte. O campeonato de basquete, esporte preferido dos americanos, também começa. E, encerrando em grande estilo, a estação, a maratona da cidade de Nova Iorque.
Quando ela é mais bonita:
No inverno, quando a neve e a temperatura caem, o desfile de casacos de pele pela Quinta Avenida é um verdadeiro espetáculo. Sem pudor, desafiando ecologistas e defensores de martas, arminhos e visons, casacos de todos os tamanhos, estolas e chapéus cinzas, brancos e pretos dividem a cena com limusines imensas, que fazem verdadeiros
malabarismos para dobrar uma rua. Devidamente enfeitada para o Natal, exibindo as mais fantásticas vitrines animadas e verdadeiras cidades em miniatura, cortadas por trenzinhos elétricos, é tempo, também, da patinação no gelo, quando as pistas do Rockfeller Center e do Central Park, disputam a preferência de um público bastante diversificado. O Jardim Botânico prepara uma programação especial. Na bela estufa de 1902, são reproduzidas miniaturas de prédios nova-iorquinos importantes, feitos de gravetos, galhos, ramos, sementes, folhas e flores, que ganham vida graças à iluminação caprichada e ao trenzinho elétrico, que passa, apitando por entre os prédios, sobre as pontes, por cima e por baixo das pequenas estruturas. Quando o céu escurece, as luzes que decoram os jardins se acedem e transformam a paisagem. Os fogos dão o tom festivo e o espírito natalino invade, de uma vez, o horizonte e o coração de quem está por perto.
A primavera é recebida com festa. Cerejeiras e tulipas enchem praças e jardins. E uma vasta programação de espetáculos e festas preenche os meses de março, abril e maio.
Nova Iorque é uma cidade mágica, inesgotável. Dominá-la é impossível. Mas tentar é sempre um prazer inenarrável.
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