AUDREY HEPBURN




































Audrey Hepburn (Bruxelas, 4 de maio de 1929 — Tolochenaz, 20 de janeiro de 1993) foi atriz, modelo e humanista belga radicada nos Estados Unidos da América.
Nascida Audrey Kathleen Ruston na capital belga, era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro anglo-irlandês) e Ella van Heemstra (uma baronesa holandesa descendente de reis ingleses e franceses). Seu pai anexou o sobrenome Hepburn, e Audrey se tornou Audrey Hepburn-Ruston.
Ela tinha dois meio-irmãos, Alexander e Ian Quarles van Ufford, do primeiro casamento da sua mãe com um nobre holandês.
Audrey foi considerada, a príncípio, uma garota "alta, ossuda, de pés excessivamente grandes para se tornar uma estrela". Mas mesmo vivendo na época em que as baixinhas, de curvas generosas, pés miúdos e olhos claros imperavam, soube usar os seus "defeitos" como dons e conquistar o mundo com seu lindo rosto, sua elegância e seus profundos olhos castanhos. Segundo o estilista Givenchy, que era incumbido de vestí-la, Audrey era um ideal de elegância e uma inspiração para o trabalho dele.
Audrey sempre será lembrada pelo filme Bonequinha de luxo (Breakfast at Tiffany's, 1961) como Holly, uma prostituta de luxo que sonha em se casar com um milionário, papel totalmente oposto ao que ela veio a ser premiada com o Oscar de 1954, em que vivia Ann, uma princesa que fugindo de seus deveres reais, se apaixona por um jornalista interpretado por Gregory Peck, em A princesa e o plebeu (Roman Holiday, 1953).
Além de um rosto bonito, Audrey era uma mulher humilde, gentil e charmosa, que preferia cuidar das pessoas a seu redor do que de si mesma.
É considerada a eterna "bonequinha de luxo".
O ator Gregory Peck a apresentou a Mel Ferrer,com quem veio a se casar.
Na década de 50 a atriz atinge o ápice da carreira, sendo muito solicitada para filmagens.
Em 1966, decide instalar-se com sua família em Tolochenaz, vilarejo próximo de Lausanne, no sudoeste suíço.Para Audrey, a família é o mais importante: e justamente porque sua infância foi infeliz, desejou dar a seu filho toda a serenidade que lhe faltou nessa fase da vida. Em 1966, Sean tinha seis anos e devia freqüentar a escola. Não podendo mais acompanhá-la nos giros pelo mundo.A atriz interrompeu, então, sua carreira por dez anos para ocupar-se dele e do marido.
Mel Ferrer é, porém, uma pessoa difícil, impedindo o bom relacionamento do casal. Audrey passa na época por freqüentes depressões.O casamento desaba.
A biografia escrita pelo filho, Sean Ferrer, realça a dicotomia entre a imagem cintilante da diva, e a da mulher sempre em busca, nas relações com o parceiro, do amor que lhe fora negado pelo pai, que a abandonara na infância.
Em 1968, a atriz inicia amizade com o psiquiatra italiano, Andréa Dotti, com quem se casa no ano seguinte, na Suíça. Nasce o segundo filho, Luca. Mas esse casamento também termina em divórcio.
Só em 1980, Audrey Hepburn encontra Robert Wolders, um marido mais adequado a seu caráter.
Descrita pelo filho Sean como uma pessoa humilde, Audrey Hepburn encontra na Suíça a segurança de que precisava, apreciando no país a paz e a possibilidade de viver uma vida normal.
Educou os filhos longe dos excessos do mundo do espetáculo,pois fazia compras nos mercados e lojas sem ser importunada pelos paparazzi, passeava com seus adorados cães e podia cumprimentar os habitantes do vilarejo com toda simplicidade.
Na função de embaixadora da UNICEF, Audrey realizou nos seus últimos cinco anos de vida mais de 50 viagens: Sudão, El Salvador, Vietnã, Etiópia, Somália...
Depois de sua morte em 1993,aos 64 anos, de câncer no útero.Os filhos e Robert Wolders criaram uma fundação em sua memória.A entidade recolhe fundos para programas educativos na África.
Um museu em Tolochenaz, onde Audrey Hepburn está enterrada, contribui também para a causa à qual a atriz mais se empenhou, destinando somas a diversos projetos humanitários.
Filmografia
1951 - Monte Carlo Baby
1951 - Laughter in Paradise
1951 - One Wild Oat
1951 - O mistério da torre (The Lavender Hill Mob) (1951)
1951 - Young Wives' Tale
1052 - The Secret People
1952 - We Will Go to Monte Carlo (versão francesa de Monte Carlo Baby)
1953 - A princesa e o plebeu
1954 - Sabrina
1956 - Guerra e paz
1957 - Cinderela em Paris
1957 - Um amor na tarde
1959 - A flor que não morreu
1959 - Uma cruz à beira do abismo
1960 - O passado não perdoa
1961 - Bonequinha de luxo
1961 - Infâmia
1963 - Charada
1964 - Quando Paris alucina
1964 - Minha bela dama
1966 - Como roubar um milhão de dólares
1967 - Um caminho para dois
1967 - Um clarão nas trevas
1976 - Robin e Marian
1979 - A herdeira
1981 - Muito sorriso e muita alegria
1989 - Além da eternidade
Prêmios
Audrey Hepburn se tornou uma das poucas artistas a conseguir ganhar as maiores honras de cada arte hollywoodiana: Tony (teatro), Oscar (cinema), Grammy (música) e Emmy (televisão).
Oscar
1993 - Prêmio Humanitário Jean Hersholt (póstumo)
1954 - Melhor Atriz por A princesa e o plebeu
Tony
1954 - Melhor Atriz por Ondine
1968 - Prêmio Especial por sua carreira
Grammy
1993 - Melhor Álbum de Histórias para Crianças por Audrey Hepburn's Enchanted Tales (póstumo).
Emmy
1993 - Melhor Performance Individual num programa informativo por Gardens of the World (póstumo).
Além de ter ganho os maiores prêmios de cada área do entretenimento, Audrey Hepburn também ganhou outros prêmios importantes do cinema, como:
BAFTA
1965 - Melhor Atriz por Charada
1960 - Melhor Atriz por Uma cruz à beira do abismo
1954 - Melhor Atriz por A princesa e o plebeu
Globo de Ouro
1990 - Prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra
1955 - Atriz Favorita do Mundo
1954 - Melhor Atriz num Filme Dramático por A princesa e o plebeu
SAG
1993 - Prêmio pelo conjunto de sua obra
Curiosidades
Audrey Hepburn falava francês, italiano, inglês, holandês e espanhol. Havia dúvidas se ela falava espanhol ou não, mas recém descobertas imagens da UNICEF mostram ela falando a língua fluentemente no México. No filme Bonequinha de Luxo, ela é mostrada tentando aprender português, e reclama do grande número de verbos irregulares.
Todos se lembram de quando Marilyn Monroe cantou parabéns a você para o presidente John F. Kennedy, em 1962. Mas poucos se lembram de que foi Audrey quem cantou para ele em seu último aniversário, em 1963.
O ator Gregory Peck, par romântico de Audrey no filme "A Princesa e o Plebeu ("Roman Holiday", 1953), foi quem a apresentou ao ator Mel Ferrer, que depois de participar de uma peça com Hepburn, pediu-a em casamento. A atriz contracenou no filme Guerra e Paz (War and Peace, 1956) com o então marido Mel Ferrer. Os dois fizeram um casal, em que Audrey interpretava uma aristrocrata russa, que se apaixona pelo princípe da Rússia André (Mel Ferrer).
De acordo com seu filho Sean Ferrer, os filmes favoritos dos quais estrelou foram Uma cruz à beira do abismo (por sua mensagem social) e Cinderela em Paris (por ter se divertido muito nas filmagens). No entanto, ela havia declarado numa entrevista à Barbara Walters que A princesa e o plebeu era o filme mais querido dela.
A diva da ópera Maria Callas adorava o visual de Hepburn e adotou-o para si mesma na década de 1950.
Nas décadas de 1980 e 1990, o seriado de televisão favorito de Audrey era L.A. Law.
A modelo Kally Michalakif, em 10 de outubro de 2006, relembrou a atriz Audrey Hepburn nas ruas de Nova Iorque, realizando o mesmo trajeto que a atriz, há quase 50 anos, no filme Bonequinha de luxo (Breakfest at Tiffany's, 1961), realizara na frente da Joalheria Tiffany's. Na verdade, foi um desfile - a modelo usava um figurino semelhante ao da atriz - que tinha como objetivo promover o leilão de objetos de filmes, e que foi realizado em 5 de dezembro do mesmo ano, na casa Christie's South Kensington, em prol da entidade City of Joy Aid que ajuda pessoas necessitadas na Índia.
O vestido usado pela atriz no filme Breakfast at Tiffany's foi leiloado em dezembro de 2006 na Christie's, em Londres, por 410 mil libras (800 mil dólares), dinheiro destinado à construção de 15 escolas para crianças indianas.
Alguns elementos da personagem Holly(bonequinha de luxo) no livro de Truman Capote, como sua suposta bissexualidade, foram omitidos no filme, na intenção de tornar a personagem mais adequada para Audrey Hepburn.
Audrey recebeu um salário de 750 mil dólares por sua atuação em Bonequinha de luxo, o que a tornou o segundo maior salário pago até então a uma atriz; o primeiro era o de Elizabeth Taylor, que recebeu um milhão de dólares por Cleópatra.
Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 1650 Vine Street.
Durante a Segunda Guerra caiu na pobreza quando o pai abandonou sua mãe. Nos prolongados anos do conflito chegou a passar fome.
Na opinião de alguns, seu perfil esguio e esbelto teria sido conseqüência da escassez de alimentos nos anos de crescimento (a guerra estourou quando Audrey tinha dez anos). Na época comia-se até bulbo de tulipa.
Coincidência: Foi levada pelo destino a nos últimos anos de vida ocupa-se de crianças famintas, como embaixadora da UNICEF (órgão da ONU pela criança).
A primeira pessoa que notou as qualidades de Audrey Hepburn foi Colette, já octogenária. O encontro ocorreu em Monte Carlo, onde a escritora, francesa, de férias, quis que a atriz fosse protagonista de sua peça de teatro Gigi, comédia tirada de seu romance homônimo.
Audrey recebe depois o papel de nobre parisiense no filme A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday) que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz.
Em 1954 interpretou Sabrina, um dos filmes em que mais sobressai a sua beleza. Em seguida protagonizou Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s), My Fair Lady (Minha Bela Dama) e tantas outras películas que a tornaram inesquecível, pela sua intrepidez, pela sua graça, pela sua elegância, realçada pelas roupas confeccionadas pelos costureiros Hubert e Givenchy.
"É talvez a pessoa mais amável que tenha encontrado. É minha deusa."
Fred Astaire
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