JACQUELINE KENNEDY ONASSIS








































O escritor Norman Mailer fez uma das melhores descrições sobre Jacqueline Kennedy Onassis. “Ela não é uma celebridade, é uma lenda. Não,é mais que uma lenda é um arquétipo histórico.” E ela foi exatamente isso. Jackie serviu de modelo para toda uma geração.
Jacqueline Lee Bouvier nasceu, em 28 de julho de 1929, literalmente em berço de ouro. Rodeada de pompa e com uma educação severa,Jackie mostrou ao mundo que era muito mais que uma moça bem-nascida. Tanto que, aos 21 anos, deixou a vida de dondoca para ser repórter e fotógrafa no Time Herald, em Washington.Foi aí que Jackie conheceu o futuro presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy.
Filha de Jack e Janet Bouvier, Jackie desde sua infância teve uma vida estressante - pressionada pela mãe a seguir padrões estabelecidos. Janet Bouvier sempre depreciou tudo o que Jackie gostava e fazia. Ela via as mulheres como objetos que não precisavam ser muito inteligentes nem cultas, contanto que tivessem beleza e feminilidade,atrativos certos para um bom casamento.
Toda essa carga negativa fez com que Jackie se fechasse.Vivendo para os estudos, buscava avidamente o conhecimento, se tornando a mulher culta que chamou a atenção do então solteiro mais cobiçado da América.
Em 10 de Maio de 1952, Jacqueline conheceu o senador John F. Kennedy numa festa em Washington,realizada pelos amigos, Martha e Charles Bartlett. Com a esperança de poder falar em particular com Jackie, Kennedy a seguiu depois do jantar. Quando ele chegou perto do conversível Mercury preto 1947 de Jacqueline, ele avistou um homem inclinado ao carro e retornou. O homem era um conhecido de Jackie que, reconhecendo o carro, decidiu esperá-la para dizer olá. Ele não tinha idéia dos esforços dos Bartlett para unir John e Jackie.
Nove meses depois, os Bartlett realizaram outra festa e reintroduziram John Kennedy e Jackie Bouvier. Kennedy convidou Jackie para saírem no fim de semana e eles foram a um parque de diversões em Georgetown. Depois de se reencontrarem, eles começaram um namoro,que terminou em noivado pouco tempo depois.O anúncio do noivado do casal não agradou a todos os membros da família Bouvier.Por haver rumores de que john era gay.
Jacqueline Bouvier e John F. Kennedy casaram-se em 12 de Setembro de 1953, em Newport(Rhode Island).Os vestidos da noiva e das damas-de-honra foram feitos por Ann Lowe, e a cerimônia para 2 mil pessoas ocorreu na fazenda Hammersmith.
Depois do casamento, eles retornaram a Washington DC.
John realizou duas operações para curar uma dor nas costas proveniente de um ferimento de guerra.Com a recuperação da cirurgia, Jackie encorajou Kennedy a escrever "Profiles in Courage", um livro que descreve os atos de bravura e de integridade de oito senadores dos Estados Unidos durante toda a história do Senado. A obra recebeu o prêmio Pulitzer em 1957.
Bem-humorada,chiquérrima e culta, ela nunca ficou à sombra de John Kennedy. Muito pelo contrário: brilhou tanto (ou até mais!) que o marido.
O número de biografias que inspirou deixa explícito o fascínio que despertava: trinta e duas! Sem falar nas incontáveis matérias feitas por revistas e jornais americanos. Ela também revolucionou alguns costumes da Casa Branca: levou a cozinha francesa e introduziu as artes nas paredes da mansão presidencial.
Durante a presidência, várias foram as ocasiões que a primeira-dama interveio na política a favor do presidente, principalmente nas difíceis relações externas que os Estados Unidos viviam naquela época.
Na década de 60, Eua e Rússia viviam uma crise acerca da corrida armamentista, chegando quase às vias de fato, na ocasião em que os russos construíam centrais de lançamento de bombas no território de Cuba, causando tumulto entre as duas potências.Sempre que Jack se via em dificuldades com outros lideres mundiais,Jackie estava preparada para servir com diplomacia, encantando a todos e assim suavemente conseguindo abrandar as crises do governo.
“A mulher que entrou na Casa Branca insistindo que detestava política havia se tornado uma diplomata extremamente hábil durante a presidência de Kennedy”.
Durante seus dias como primeira-dama, ela tornou-se um ícone da moda.
Quando os Kennedy visitaram a França, ela impressionou Charles de Gaulle e o público com seu francês. Na conclusão da visita, a revista Time ficou encantada com a primeira-dama e escreveu: "Havia também aquele companheiro que veio com ela".
Até mesmo o presidente John Kennedy brincou: "Eu sou o homem que acompanhou Jacqueline Kennedy à Paris - eu gostei muito!".
Quando o presidente da União Soviética Nikita Khrushchov foi solicitado para apertar a mão do presidente dos Estados Unidos, o líder comunista disse: "Eu gostaria de apertar a mão dela primeiro".
O período em que foi casada com John F. Kennedy. Também é conhecido como os mil dias vividos na Casa Branca.
Jacqueline foi a primeira-dama dos Estados Unidos da América entre 1961 e 1963.
Jackie planejou numerosos eventos sociais que trouxeram o casal presidencial ao foco cultural da Nação. A apreciação pela arte, pela música e pela cultura marcou uma nova etapa na história norte-americana. A destreza de Jackie deu aos eventos da Casa Branca a reputação de mágicos.
Jacqueline era muito amiga de seu sogro, Joseph P. Kennedy, e de seu cunhado, Robert "Bob" Kennedy. Contudo, ela não era uma mulher competidora e esportista e definitivamente não pertencia à natureza abrasiva do clã dos Kennedy.Era quieta, reservada,e sempre permaneceu relutante ao ser convidada para os tradicionais jogos da família.
Depois de um aborto acidental em 1955, o casal teve quatro filhos: Arabella Kennedy (natimorta, 1956), Caroline Bouvier Kennedy (1957), John Fitzgerald Kennedy Jr (1960-1999) e Patrick Bouvier Kennedy (7 de Agosto - 9 de Agosto de 1963).
Depois da morte de Patrick Kennedy em agosto de 1963. O presidente sugeriu que jackie visitasse sua irmã na Europa como uma maneira de recuperar-se da morte do filho. Ela passou um considerável tempo relaxando na região do Mediterrâneo.Quando ela e a irmã foram convidadas ao iate do magnata Aristóteles Onassis durante este período.
Jackie fez sua primeira aparição oficial em Novembro, quando John Kennedy pediu a ela que viajassem ao Texas, com a finalidade de fazer propostas de campanha. No dia 22 de Novembro de 1963,em Dallas,Jackie estava sentada ao lado de John na limosine quando ele levou o tiro fatal.
O tablóide britânico Evening Standard escreveu: "Jacqueline Kennedy deu ao povo americano uma coisa da qual eles sempre careceram: grandeza."
Com o assassinato de Kennedy, Jackie foi forçada a ficar longe do olhar público. Ela foi poupada da experiência penosa de aparecer no julgamento de Lee Oswald.O assassino de seu marido.
A coragem de Jacqueline Kennedy perante o assassinato e o funeral do marido fez com que ela ganhasse a admiração de pessoas de todo o mundo.
Jackie e seus dois filhos continuaram a viver na Casa Branca por duas semanas.Depois viveram na sessão Georgetown de Washington até que Jackie decidiu comprar um apartamento luxuoso de 15 cômodos na Fifth Avenue em Nova York, com a esperança de ter mais privacidade.
Durante os anos que sucederam a vida de Kennedy à presidência, o casal teve momentos de alegria e de dificuldade. John quando estava com ela era um marido cuidadoso e companheiro, mas bastava se afastarem alguns dias que ele a traía com outras mulheres. Isso causava um enorme sofrimento a ela, que mesmo assim manteve o casamento até o fim.
Alguns casos ficaram famosos,como os com Mary Meyer e Marilyn Monroe.
Em 20 de Outubro de 1968, Jacqueline Kennedy casou-se com Aristóteles Onassis, magnata grego,em Skorpios, Grécia. Quatro meses e meio depois, seu cunhado, o senador Bob Kennedy,foi assassinado em Los Angeles. Naquele momento, Jacqueline acreditava que ela e seus filhos haviam se tornado "alvos" e que deveriam deixar os Estados Unidos. O casamento com Onassis pareceu fazer sentido: ele tinha dinheiro e poder para garantir a proteção que ela queria, enquanto ela tinha o status social que ele precisava.
Aristóteles Onassis havia terminado seu romance com a diva da ópera Maria Callas para desposar Jackie.
Por um tempo, o casamento trouxe a Jackie uma má reputação, pois abandonou a imagem de viúva presidencial. Entretanto, outros entenderam este casamento como o símbolo da "mulher norte-americana moderna", que nunca tinha medo de cuidar de seus interesses financeiros e de proteger sua família.
O casamento inicialmente pareceu ser bem-sucedido, mas o estresse logo tornou-se aparente. O casal raramente passava um tempo juntos. Embora Onassis tenha tido uma boa relação com seus enteados Caroline e John Jr.(o filho de Aristóteles, Alexander, incentivou John a pilotar aviões; ironicamente, ambos morreram em acidentes aéreos)Jacqueline não se dava com sua enteada Christina Onassis.
Onassis estava planejando se divorciar de Jacqueline quando morreu em 15 de Março de 1975; Jacqueline estava com seus filhos em Nova York nesta época.
Seu legado foi severamente limitado por um acordo pré-nupcial e por uma legislação que Onassis fez o governo grego aprovar que limitava a fortuna que uma esposa não-grega poderia herdar. Jacqueline aceitou a oferta de Christina de US$ 26.000.000 milhões de dólares,em troca de não poder reivindicar futuramente nada do Império Onassis.
Com a morte de Onassis em 1975, Jacqueline tornou-se viúva pela segunda vez e, com o amadurecimento de seus filhos, Jackie pôde voltar a trabalhar e aceitou um emprego na editora Doubleday, porque sempre havia gostado de literatura e de escrever.
Do fim dos anos 70 até seus últimos dias, o industrial e mercador de diamantes Maurice Templesman, foi seu companheiro.
Ela normalmente corria e fazia ginástica perto do Central Park.
Em janeiro de 1994, Jacqueline foi diagnosticada com câncer linfático.
Seu diagnóstico veio à público em fevereiro.
A família estava inicialmente otimista, e Jackie parou de fumar com a insistência de sua filha, mas continuou a trabalhar.
Em abril de 1994, o câncer avançou.
Ela saiu do hospital e foi para casa em Maio do mesmo ano. Muitos simpatizantes, turistas e repórteres a esperavam na rua de seu apartmento.
Ela morreu durante o sono às 10:15 da manhã do dia 19 de Maio de 1994 aos 64 anos.
O câncer apagou o brilho de uma das mulheres mais poderosas do século XX.
Jackie não fez grandes ações humanitárias, mas tornou-se mundialmente aclamada por ser símbolo de elegância, beleza e glamour.
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