MULHERES,COM ORGULHO!




MILEVA MARIC
Aos 17 anos era colega do físico Albert Einstein no Instituto Politécnico Suíço, em 1900, e com ele desenvolveu a Teoria da Relatividade, que rendeu ao físico o prêmio Nobel de Física em 1921. Foi a primeira mulher e mãe dos dois únicos filhos de Einstein, mas quando se menciona nos livros que o físico foi casado por duas vezes, é sempre o da segunda mulher, Elsa, que aparece. Vasculhando arquivos, rascunhos e correspondências, dois cientistas - o canadense Lewis Pyenson e o alemão Santa Troemel-Ploetz - concluíram que Mileva, física e matemática como o marido, foi, no mínimo, co-autora da Teoria da Relatividade.

CLARA SCHUMANN
O nome do marido - Robert Schumann - sempre apareceu mais que o seu. Ela quis assim. Na viuvez, ocupou-se em organizar e publicar toda a obra dele. Entretanto, sabe-se hoje que a mulher do compositor alemão Robert Schumann, conhecido por suas peças para piano, era dona de um talento incomum para compor a ponto do marido sentir-se, por vezes, inferiorizado, mas não rogado: Schumann incluiu passagens de várias obras de Clara em suas composições. Somente após a morte dele, em 1856, foi que ela desenvolveu sua própria carreira, auxiliada pelo também compositor Johannes Brahms.

FRIDA KAHLO
Vítima de um acidente terrível que rasgou-lhe o ventre e resultou em 22 cirurgias, essa pintora mexicana transformou a sua dor em arte. Amou homens como o muralista mexicano Diego Rivera, seu marido, que conheceu ao ingressar no Partido Comunista, em 1928, o líder comunista russo Leon Trótski e mulheres, como a atriz Maria Felix. Com Tróstki, que fugindo da era Stálin exilou-se no México, trocava bilhetes apaixonados dentro de um livro, mas a mulher do líder russo percebeu e o romance chegou ao fim. Frida morreu em 1954, aos 47 anos, de pneumonia. Em toda a sua vida, transportou para os seus quadros a dor e o corpo mutilado.

CAMILLE CLAUDEL
Esta talentosa artista, foi mais do que aluna, modelo e amante do escultor francês Rodin. Tornou-se co-autora de obras famosas como Os Burgueses de Calais e As Portas do Inferno. Camille trabalhava no atelier do amante, esculpindo pés e mãos das estátuas feitas por Rodin. Aos 30 anos, gorda e embriagada, passou a destruir suas esculturas. Morreu em 1943 recolhida num asilo. Ele, em 1917, chamando por ela. Embora, enquanto mantiveram o romance, por 11 anos, ele jamais se separou da mulher, Rose Beuret, com quem conviveu durante 40 anos e se casou no final da vida.

LUZ DEL FUEGO
Nascida Dora Vivácqua, de tradicional família capixaba, tornou-se Luz del Fuego nos teatros de revista cariocas dos anos 50. Para uns, apenas uma vedete escandalosa e exibicionista. Para outros, pioneira da ecologia e do feminismo. Ela foi tudo. Dançou nua enrolada em cobras e respondeu a processos por atentado à moral. Fundou o primeiro partido naturalista brasileiro. Sua coragem para enfrentar os preconceitos da época culminou com o seu assassinato a machadadas na sua Ilha do Sol.

ELVIRA PAGÃ
Assim como Luz del Fuego, Elvira Pagã expunha o corpo e idéias bastante avançadas para os anos 50. Adepta também do nudismo, essa vedete dos teatros de revista, disputava com del Fuego o espaço nos noticiários da época.

LEILA DINIZ
Desfraldando o estandarte do amor livre, da liberação do corpo, do despudor verbal e da alegria, essa atriz de cinema, novela e vedete de teatro rebolado foi símbolo de uma revolução de costumes. Em 1969, plena época do AI-5, agrediu o moralismo vigente com uma entrevista recheada de palavrões concedida ao Pasquim. Depois, chocou o país, exibindo sua gravidez nas praias do Rio de Janeiro. Morreu em 1972, aos 27 anos, num acidente aéreo.

ANAÍDE BEIRIZ
Poetisa e professora, escandalizou a sociedade retrógrada da Paraíba dos anos 20 com o seu vanguardismo: usava pintura, cabelos curtos, saía às ruas sozinha, fumava, não queria casar nem ter filhos, escrevia versos que causavam impacto na intelectualidade paraibana e escrevia para os jornais. Foi amante de João Dantas, que em julho de 1930, matou João Pessoa (na época, presidente da Paraíba) por motivos políticos. Banida da História pelo preconceito, a ponto de proibirem as crianças de pronunciar seu nome, só se tornou conhecida através do filme Parayba, Mulher Macho, de Tizuka Yamasaki.

HATCHEPSUT
No século XVI a.C., o Egito antigo foi governado por essa princesa. Afrontando a tradição egípcia, ela se coroou faraó. Os faraós que a sucederam não lhe perdoaram a petulância e destruíram suas estátuas. Ela permaneceu desaparecida por mais de 3 mil anos, até que arqueólogos descobriram seu templo em Deir el Bahari. Sua história é contada no livro Hatchepsut, Filha do Sol - Faraona de Tebas, de Francis Fèvre.

FABÍOLA
Descendente de uma ilustre família romana, Fabíola foi a fundadora do primeiro hospital público do mundo. A sua obra, construída na cidade porto de Óstia, em Roma, revolucionou o serviço de saúde, que, à época, restringia-se a atendimento militar ou particular. Ela também escandalizou o grupo cristão ao qual pertencia por viver maritalmente com outro homem após o divórcio civil com o primeiro marido.

SAFO
Poetisa, desencadeou um movimento poético e musical por meio da criação de um ambiente estimulante para mulheres talentosas da Grécia e da Ásia Menor, em Lesbos, sua ilha natal. Seu exemplo gerou numerosas imitadoras, como Damófila, sua protegida, que escreveu e ensinou às jovens mulheres de Panfília, a 310 quilômetros a leste na Ásia Menor.

BERURIA
Era uma das poucas mulheres judias na Palestina do século II d.C a ensinar o Talmude, texto maciço de comentários no Torá, ou escritas sagradas do Velho Testamento.

CINISCA
Atleta espartana que conquistou o prêmio em Jogos Olímpicos na categoria corrida de carruagens de quatro cavalos.

1962
A professora Bernadete Pedrosa é a primeira mulher a integrar o corpo docente da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco;

Na Argélia, 13 mulheres são eleitas deputadas à Assembléia Nacional.

1976
Janet Guthrie é a primeira mulher a participar da famosa corrida automobilística das 500 milhas de Indianápolis;

A ginasta romena Nadia Comaneci conquista três medalhas nas Olímpiadas de Montreal;

A americana Shere Hite publica o livro Relatório Hite sobre Sexualidade que se torna famoso.

1979
O seriado Malu Mulher, exibido pela Rede Globo e estrelado pela atriz Regina Duarte, mostra as dificuldades de uma mulher descasada, tentando impor sua própria identidade e independência. Polêmico, o seriado acabou por mudar comportamentos;

A Capa da revista Veja (1979)foi sobre o seriado Malu Mulher

A professora e enfermeira Eunice Michiles é a primeira senadora no país;

Margaret Thatcher é eleita chefe do governo inglês. A Inglaterra é o primeiro país europeu a ter uma mulher no cargo de primeira ministra;

Maria de Lourdes Pintassilgo é nomeada chefe do governo português;

Lídia Gueiler Tejada é designada presidente da Bolívia;

Na Nicarágua, Violeta Chamorro integra o Governo de Reconstrução Nacional, que substitui o regime do ditador Anastasio Somoza;

A madre iugoslava Maria Tereza de Calcutá recebe o prêmio Nobel da Paz.

CHIQUINHA GONZAGA
Lançou-se às ruas e à boemia musical no Rio, no final do século passado, contrariando todos os padrões vigentes. Republicana, abolicionista e rebelde, criou mais de mil composições e igual número de escândalos. Maestrina, compositora e instrumentista, regeu orquestras, tocou violão em público e lutou pelos direitos autorais. Ô Abre Alas, a primeira música de carnaval de rua, é uma de suas criações mais famosas.

BIDU SAYÃO
Carioca, tornou-se a mais notável cantora lírica brasileira. Estreou no papel de Rosina, na ópera O Barbeiro de Sevilha, em 1925. Depois, alcançou os maiores palcos internacionais: Scala, de Milão; Colón, de Bueno Aires e Metropolitan Opera House, de Nova Iorque.

CARMEM MIRANDA
A pequena notável, como ficou conhecida na década de 30, já havia gravado quase 300 discos e participado de 5 filmes, quando foi descoberta no Cassino da Urca. Sua carreira internacional, da Broadway para os estúdios de Hollywood e daí para as telas de todo o mundo, inclui 14 filmes. Para muitos, foi precursora do tropicalismo, muito antes de se falar nisso, e do estilo Pop, com seu traje de baiana, seus balangandãs e trubantes de frutas.

EDITH PIAF
Dona de uma voz plena de emoção, essa cantora de porte franzino, que logo recebeu o codinome piaf (pardal, na gíria francesa), tornou-se uma das grandes cantoras do século, capaz de dominar platéias com a sua interpretação.

DOLORES DURAN
Uma mulher boêmia, em plena década de 50, a cantar o amor e sua dores, assim era Dolores Duran, que aos 10 anos foi a caloura premiada do programa de Ary Barroso. Aos 16, assinou contrato com a boate Vogue. Afinadíssima, celebrizou-se pelo seu estilo e composições. Compôs sozinha e também com parceiros como Tom Jobim.

SIMONE DE BEAUVOIR
Formada em Filosofia e Literatura pela Sorbonne, foi uma das inspiradoras do feminismo mundial. Dedicou particular atenção às questões feministas. Escritora de renome, manteve um casamento aberto - cada um na sua casa e com total liberdade - com o filósofo francês Jean-Paul Sartre por mais de 50 anos.

COLETTE
Estreou na literatura com um pseudônimo masculino - Willy, nome do seu primeiro marido, um escritor que, ao perceber seu talento, obrigava-a a escrever. Com o sucesso, conseguiu um lugar na Academia Goncourt. Dois outros casamentos, uma filha, a batalha judicial pela posse de sua própria obra e uma relação lésbica tumultuaram sua vida.

NÉLIDA PINÕN
Quarta mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, precedida por Rachel de Queiroz, Dinah Silveira de Queiroz e Lígia Fagundes Telles, escreveu seu primeiro livro, Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo, aos 17 anos.

FRANÇOISE SAGAN
Aos 20 anos, com dois livros publicados - o primeiro deles Bonjour Tristesse, 1954, foi best-seller em 20 países. A essa altura ela já era mais lida e rica que Voltaire, aos 80 anos.

MARGUERITE DURAS
Ganhou o prêmio Goncourt pelo romance autobigráfico O Amante. Escreveu mais de 40 livros. Nascida na Indochina (1914), foi para a França aos 17 anos. Tornou-se um dos nomes mais respeitados do romance novo.

AGATHA CHRISTIE
Destacou-se no romance policial. Imortalizou seus heróis, os detetives Hercules Poirot, Harley Quinn e Miss Marple, substituindo a violência pela sagacidade, delicadeza e humor para desvendar mistérios. Estreou na Literatura com O Assassinato de Roger Acroyd (1926).

MARGUERITE YOURCENAR
Primeira mulher eleita para a Academia Francesa de Letras, em 1980. Seu romance mais famoso, Memórias de Adriano, foi escrito na juventude, mas só publicado em 1951.

RACHEL DE QUEIROZ
Em 1977, a cearense Rachel de Queiroz entrou para a Academia Brasileira de Letras, tornando-se a primeira mulher a alcançar esse feito. Autora consagrada, ela passou a ser conhecida em todo o país após o lançamento, em 1930, do seu romance O Quinze, sobre a seca nordestina.

HILDA HILST
Nenhuma das mulheres sobre as quais li me pareceu tão ou mais fascinante, deliciosamente fascinante, do que Hilda Hilst. Hilda é desbocada, mas espontânea. Entre as suas histórias, está a de que, em Paris, tentou transar com o ator Marlon Brando e levou um fora. Diz que não freqüenta clubes de nu masculino porque os homens não mostram tudo e que não participou do Salão do Livro, na capital francesa, em 1998, porque, para ela, Paris era bom quando, aos 20 anos, ela “fodia” (assim mesmo, textualmente). É autora de Com Meus Olhos de Cão e da trilogia erótica O Caderno Rosa de Lory Lambi, Contos de Escárnio e Cartas de Um Sedutor, que chegou a ser considerada pornográfica por aqueles que confundem erotismo com pornografia.

MARIA ESTER BUENO
Conseguiu seu primeiro título nacional aos 13 anos. Mas foi em Wimbledon (Inglaterra) que sagrou-se uma atleta excepcional. Foi campeã em 58, 59 e 60. Em 1964, depois de um tempo afastada das quadras por problemas de saúde, conquistou o tricampeonato individual de Wimbledon.

MARTINA NAVRATILOVA
A maior e mais bem paga tenistas de todos os tempos. Seis vitórias consecutivas em Wimbledon (1982 a 1987). Escandalizou o mundo ao publicar Being Myself (1984), onde assumia publicamente sua homossexualidade.

LUÍSA PARENTE
Os Jogos Pan-americanos de Cuba, em agosto de 1991, consagraram Luísa Parente, primeira e única ginasta brasileira a obter nota máxima em 7 das 8 provas da modalidade.

NADIA COMANECI
Aos 14 anos, franzina - 39 quilos distribuídos em menos de um metro e meio de altura - ela surpreendeu o mundo nos Jogos Olímpicos de Montreal de 1976. Três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze coroaram a carreista brasileira a ganhar medalhas de ouro.

CHARLOTTE COOPER
Nos Jogos de Paris, em 1900, as atletas disputavam as modalidades vestidas com “decência”. As tenistas, por exemplo, trajavam vestidos longos e blusas de mangas compridas. Isso porque, um certo Barão de Coubertin julgava uma indecência que os espectadores assistissem a uma mulher exibindo um uniforme. Somente aceitando estas restrições é que 19 atletas femininas romperam a barreira do preconceito e puderam participar dos jogos. A tenista inglesa Charlotte Cooper, campeã do torneio simples de Wimbledom em 1894, 1895 e 1897, foi a primeira mulher a sagrar-se campeã olímpica nos ditos Jogos de Paris, em 1900.

MADAME CURIE
Primeira mulher a conquistar o Nobel de Física (com o marido, Pierre Curie, em 1903) e um segundo, de química, em 1911, a polonesa Marie Curie é um marco referencial na história da Ciência. Suas pesquisas sobre a radioatividade resultaram no raio-x e na radioterapia para tratamento do câncer.

LISE MEITNER
Juntos, ela e o físico Otto Hahn, fizeram uma série de descobertas no campo da radioatividade, incluindo-se um novo elemento, o protoactínio.

BIBI FERREIRA
Uma das maiores expressões do Teatro Nacional. Representou dramas ou comédias, cantou, dançou, dirigiu e produziu espetáculos no teatro, no rádio, na TV e no cinema.

MARILYN MONROE
A mesma fábrica de sonhos - Hollywood - que a consagrou como mito esmagou a menina carente e desprotegida que ela sempre foi. Em 1962, um mês depois de ter sido demitida pela Fox Film, das filmagens de Something's got to give, por faltar constantemente às gravações, foi encontrada morta após ter ingerido álcool e Nembutal.

ELIZABETH TAYLOR
Dona de um curriculum amoroso que inclui 8 casamentos e vários amantes, Lyz Taylor, a diva de olhos cor de violeta, tornou-se um mito do cinema. Em sua trajetória artística, enfrentou crises de depressão, alcoolismo, doenças graves, cirurgias e dietas para perder peso.

BRIGITTE BARDOT
Esta francesa, que hoje se dedica a proteger os animais, personificou o maior símbolo sexual do século XX. Ao aparecer nua no filme ...E Deus Criou a Mulher, tornou-se símbolo erótico e a atriz de cinema mais famosa fora da América. Casou-se três vezes, divorciou-se em todas elas e teve vários amantes.

MARLENE DIETRICH
Fazendo jus a sua condição de mito, ela cercou sua vida de mistério. Nas telas, seduzia a platéia com um simples levantar de sobrancelhas. Seu primeiro sucesso foi Anjo Azul (1930).

INGRID BERGMAN
Vencedora de três Oscars, divorciou-se do marido, um respeitável dentista, para viver uma arrebatadora paixão, nos anos 50, com o cineasta Roberto Rosselini, com quem teve três filhos, entre eles, a atriz Isabella Rossellini.

RITA HAYWORTH
O filme Gilda, rodado em 1946, consagrou Rita Hayworth como uma das maiores musas da história do cinema na década de 40, a ponto de, a partir do filme, ela ser confundida frenquentemente com a personagem que a projetou mundialmente. "Eles deitavam com Gilda e acordavam teria se queixado Rita certa vez.

CACILDA BECKER
Foi uma das fundadoras do Teatro Brasileiro de Comédia, em 1948. Em 1958, fundou a sua própria companhia teatral ao lado de Ziembinski,o marido Walmor Chagas e a irmã Cleyde Yáconis.

FERNANDA MONTENEGRO
Convidada no início da Nova República para ser ministra da Cultura, ela recusou. Primeira atriz contratada pela TV (a extinta Tupi), fez várias novelas, 65 peças, 6 filmes e ganhou 21 prêmios nacionais e estrangeiros.

REGINA DUARTE
A atriz paulista Regina Duarte protagonizou um dos mais importantes seriados da televisão brasileira: Malu Mulher, apresentado pela Rede Globo de Televisão, em 1979 e considerado, inclusive, o divisor de águas na televisão brasileira, por abordar temas inexplorados, como sexualidade, divórcio, aborto e realização profissional. O seriado promoveu, a reboque, mudanças comportamentais no universo feminino.

ELIZABETH ARDEN
Personificou a mulher de negócios da América. Enfermeira, logo tornou-se empresária do ramo de cosméticos, abrindo-se seu próprio salão de beleza em Nova Iorque, em 1912. Ao morrer, em 1966, administrava um império que produzia 450 produtos.

MARLUCE DIAS
Superintendente executiva da Rede Globo, é a primeira mulher a fazer parte da alta cúpula da maior estrutura de comunicação do país.

HELENA RUBINSTEIN
pioneira na chamada ciência da beleza, inovou mais uma vez ao criar, em 1953, a Fundação Helena Rubinstein, com sede em Nova Iorque, que incentiva e patrocina projetos voltados para o bem-estar das mulheres, das crianças e para o desenvolvimento da Educação, Ciência e Cultura.

ANNA BOTAFOGO
Uma das maiores bailarinas internacionais da atualidade. Em 1981, conquistou o lugar de primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio.

ISADORA DUNCAN
Pioneira da dança de estilo livre, que se opunha ao balé clássico. Entre seus muitos amantes, estava o milionário Paris Singer. Morreu em Nice (França), estrangulada pela própria écharpe que se prendeu numa das rodas do carro em que estava.

MARIA MONTESSORI
Primeira mulher a se formar em medicina no seu país (Itália), em 1870. Dedicou-se à psiquiatria e passou a cuidar de crianças doentes mentais. Aos 30 anos, como diretora de uma escola, elaborou uma série de jogos e brinquedos destinados a desenvolver as habilidades psicomotoras dessas crianças. Fundou a Casa dei Bambini, instituição modelo de preparação escolar, em 1907. O método Montessori, divulgado no mundo inteiro, foi a base da pedagogia moderna.

GABRIELA MISTRAL
Pseudônimo adotado por Lucila Gody e Alcayaga para participar de um concurso de poesia em seu país, o Chile, em 1915. Excelente educadora, participou da Reforma Educacional do México. Vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 1945, é considerada uma das maiores expressões literárias em língua espanhola.

EVITA PERÓN
Atriz de rádio medíocre, bonita, mas sem talento, Eva Duarte teve a vida mudada ao conhecer o líder político argentino Juan Domingo Perón, com quem se casou. Ao mesmo tempo em que colecionava jóias e casacos de pele, posava de madrinha dos pobres, conquistando a simpatia dos argentinos.

INDIRA GANDHI
Apesar do sobrenome, não tem nenhum parentesco com o líder pacifista Mahatma Gandhi. Filha do líder indiano, Nehru, a quem sempre acompanhou na Política, presidiu o maior partido da Índia. Foi nomeada primeira ministra em 1966, mantendo-se no cargo por 11 anos, combatendo o privilégios dos marajás e incentivando a participação feminina.

GOLDA MEIR
Chegou à Palestina em 1921. Ali, devotou-se à comunidade judaica, trabalhou para organizações femininas locais desenvolvendo importantes tarefas nas lutas sionistas que levaram à criação do Estado de Israel em 1948. Chegou ao cargo de primeira-ministra, em 1969.

MARGARETH THATCHER
Conhecida como a Dama de Ferro pelo seu raciocício rápido e temperamento irredutível, tornou-se primeira-ministra britânica pelo Partido Conservador em 1979. Fez crescer a economia local num programa liberal que custou sacrifícios sociais. Ganhou força com a vitória na guerra das Malvinas, sobreviveu a um atentado e três eleições.

BENAZIR BHUTTO
Primeira mulher a se tornar uma líder política entre os muçulmanos. Em 1988, conduziu o seu Partido Popular à vitória e tornou-se primeira ministra do Paquistão.

TANSU CILLER
Economista de sucesso, tornou-se primeira ministra da Turquia, onde o machismo é cultivado como patrimônio cultural, em 1993. Com a sua administração, deu cara nova à política turca e implementou um ousado programa de privatizações e reformas democráticas.

MADELEINE ALBRIGHT
É a primeira mulher no comando da política externa da maior potência mundial: Estados Unidos.

GAY MCDOUGALL
Foi a primeira estudante negra a ingressar na faculdade Agnus Scott College, exclusivo da elite branca americana, quando tinha 22 anos. Três décadas depois, essa advogada americana, 52 anos, diretora executiva do Grupo de Legislação Internacional sobre Direitos Humanos, que tem sede em Washington (EUA), foi escolhida para integrar a Comissão Eleitoral Independente (formada por um grupo de cinco observadores internacionais), que coordenou as eleições multirraciais na África do Sul, vencidas por Nelson Mandela, em 1994. Ativista anti- racista, liderando a luta contra a discriminação racial mundo a fora, Gay também é membro da Comissão de Discriminação Racial da ONU.

SHEIKA HISSAL
Esta princesa, filha do xeque Saad al-Abdulah al-Sabah, príncipe do Kwait,acabou por revelar ao mundo a verdadeira face da mulher muçulmana, permanentemente reclusas por trás do véu negro, imposto pela tradição que determina que os rostos fiquem sempre encobertos. Ao contrário do pai e da maioria dos membros da família real, que abandonaram o país e seus súditos por causa da ocupação iraquiana no Kwait, em 1991, ela abriu mão de sua condição privilegiada e decidiu permanecer no país, engrossando as fileiras da resistência ao governo iraquiano e disposta a lutar por um país que sequer permite que as mulheres votem. Enquanto 40 mil mulheres lutavam ao lado de soldados, camufladas no deserto do Golfo Pérsico, as que ficaram na cidade contrabandeavam armas e dinheiro. Por essas “atividades”, Hissal foi presa por duas vezes, mas conseguiu se libertar.

ROSE MARIE MURARO
Seu primeiro desafio foi vencer a deficiência visual. Mais tarde estudou Física e, aliando lógica e sensibilidade, tornou-se uma das maiores pensadoras da atualidade. Foi introdutora do feminismo no Brasil e uma das fundadoras do Centro da Mulher Brasileira.

BERTA LUTZ
Bióloga formada em Paris e advogada pela Universidade do Brasil tinha apenas 25 anos quando fundou o Movimento Feminista Brasileiro. Liderou a campanha pelo voto feminino e pela a aprovação de leis de proteção à mulher gestante, conquistas obtidas na Constituição de 1934. Deputada em 1936, continuou sua luta pela melhoria das condições femininas. Era filha do cientista Adolpho Lutz.

BETTY FRIEDAN
Tornou-se famosa ao publicar A Mística Feminina, uma espécie de bíblia do feminismo, onde incentivava as mulheres a buscar uma realização individual, e não apenas como mães ou esposas.

CARMEM DA SILVA
Considerada a grande arquiteta da consciência feminina no Brasil, essa psicóloga, escritora e jornalista, foi uma das fundadoras do Centro da Mulher Brasileira - primeiro núcleo feminista no país.

SHERE HITE
Doutora em História pela Universidade Columbia (Nova Iorque), ela provocou polêmica nos Estados Unidos em 1987 ao afirmar, apoiada em pesquisas que realizou com 3 mil americanas, que 88% das mulheres sentem-se frustradas nas suas relações com os homens e 70% das casadas mantêm ligações extraconjugais.

IRMÃ DULCE
Por sua obra social - construiu um ambulatório, um albergue, um hospital e uma escola para pessoas carentes com a ajuda de empresas, governos e até de esmolas na rua - seu nome foi cogitado por três vezes para o Nobel da Paz.

MADRE TERESA DE CALCUTÁ
Prêmio Nobel da Paz de 1979, fundou na Índia a Ordem das Missionárias da Caridade, atualmente com mais de 400 casas para pobres em 80 diferentes países.

OLGA BENÁRIO
Judia alemã, militante comunista desde os 15 anos, foi oficial do Exército Vermelho, onde saltou de pára-quedas e pilotou aviões. Foi encarregada da segurança de Luís Carlos Prestes na seu retorno ao Brasil em 1934, por quem acabou se apaixonando. Acabou vítima do Estado Novo, deportada para a Alemanha nazista, grávida de 7 meses, onde morreu numa câmara de gás após o nascimento da filha.

ROSA LUXEMBURG
Militante socialista - foi líder do Partido Social-Democrata alemão -, lutou pela liberdade política, de crítica e de expressão. Foi perseguida e presa várias vezes. Começou na militância aos 15 anos e ficou famosa por causar polêmicas.

DOLORES IBARRURI
Revolucionária espanhola, ficou famosa ao discursar na Rádio Republicana de Madri, quando estourou a Guerra Civil Espanhola, tornando célebre a palavra de ordem: "Eles (os franquistas) não passarão." Encampou a mais ferrenha oposição ao governo do general Franco. Exilou-se na Rússia, depois da vitória de Franco, em 1939, sem, contudo, abandonar a militância política no Partido Comunista Espanhol.

PAGU
Patrícia Rehdler Galvão (seu nome verdadeiro) empenhou-se cedo na militância política, o que lhe rendeu prisões e torturas no Brasil e na França. Musa do Modernismo, foi também romancista, cronista e correspondente internacional de grandes jornais do Rio e São Paulo. Foi casada com Oswald de Andrade, com quem editou o jornal Homem do Povo.

SYLVIA PLATH
Considerada uma escritora completa, no final da década de 50, mas alternativa, vivendo à sombra do marido, o poeta inglês, Ted Hughes. Sua obra foi empunhada por feministas nas décadas de 70 e 80 para suscitar polêmicas. Suicidou-se em 1963. Em 1981, seu marido publicou uma coletânea de textos inéditos, que recebeu o prêmio Pulitzer em 82.

FLORBELA ESPANCA
Escandalizou o meio social durante sua curta vida e encantou o mundo pela obra poética que deixou. Passou por três casamentos e neles execrava o sentimento de posse masculina, mas revelava paixão e sensualidade nos versos, ousados para a época.

ANNA AKHMATOVA
Considerada a maior poetisa russa do século XX. O conteúdo de suas poesias, no entanto, não agradava o governo russo e o terror stalinista a perseguiu. Em 1921, seu marido, o poeta Gumilev foi assassinado. Na década de 30, o filho, o segundo marido e o poeta e amigo Osip Mandelshtam também foram mortos.

ANAYDE BEIRIZ
A professora e poetisa que escandilazou a sociedade da Paraíba nos anos 20 com seus versos que chocavam a intelectualidade paraibana, suicidou-se ingerindo arsênico 16 dias depois que o amante João Dantas, que matou o então presidente da Paraiba, João Pessoa, também suicidou-se, na prisão com um bisturi entregue por ela.

CECÍLIA MEIRELES
Estreou na literatura em 1919, seguindo mais tarde a corrente literária simbolista. Possui mais de 30 livros publicados, entre poesias, crônicas e biografias.

NISE DA SILVEIRA
Desenvolveu métodos terapêuticos revolucionários que utilizavam a expressão artística dos doentes mentais em vez de medicamentos e eletrochoques. Fundou o Museu de Imagens do Inconsciente, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II (RJ), em 1952.

RITA LEVI-MONTALCINI
Sua dedicação à Ciência rendeu-lhe o Nobel de Medicina de 1986. Sua descoberta (em parceria com o americano Stanley Cohen) do Fator de Crescimento dos Neurônios (NGF) abriu perspectivas para o transplante de córnea, cultivo da pele e tratamento da aterosclerose.

ANITA MALFATTI
Pioneira do Movimento Modernista no Brasil, abalou o convencionalismo artístico paulistano quando em 1917, aos 21 anos, recém-chegada da Europa, realizou uma exposição de telas impressionistas e cubistas. A crítica, inclusive de Monteiro Lobato, foi-lhe amarga. Ao longo de sua vida manteve uma ligação platônica com Mário de Andrade.

DJANIRA
Representou uma das grandes expressões da pintura brasileira. Foi descoberta pelo pintor romeno Emeric Mercier, com quem estudou durante 5 anos. Expôs pela primeira vez, em 1942, no Salão de Belas Artes, no Rio, começando uma carreira coroada de prêmios.

TARSILA DO AMARAL
Musa do Modernismo de 1922, tornou-se uma das mais importantes pintoras brasileiras, com obras expostas no mundo inteiro. Foi casada com Oswald de Andrade, antes da união dele com Pagu (Patrícia Galvão).

ALMA MAHLER
Musa da Viena do início do século, participou de todas as agitações culturais de sua época. Foi casada com 4 representantes das Artes: o compositor Mahler, o pintor Kokoschka, o arquiteto Walter Gropius e o escritor Franz Werfel.

MARIA BONITA
Por volta de 1930, abandonou o marido, um sapateiro, e dois filhos, para viver com o cangaceiro Lampião e seu bando. incorporou o espírito do cangaço e participou de muitas combates.

DIAN FOSSEY
Bióloga americana, dedicou sua vida ao estudo e à defesa dos gorilas da África Central. Em 1967, montou a Estação experimental de Karisoke, em Ruanda, onde viveu por 18 anos até ser assassinada em sua própria cabana.

CHANEL
Cabelos curtos, calças compridas, macacões operários, tailleurs e bijuterias finas foram algumas contribuições com que Coco Chanel (nascida Gabrielle Bonheur) revolucionou a moda, desde a década de 20, quando abriu a Maison Chanel. Sua história foi transformada em musical da Broadway.

CARMEM PRUDENTE
Ao casar-se com o oncologista Antônio Prudente, envolveu-se no projeto, pioneiro no Brasil, de fundar um hospital para o tratamento de câncer e onde todos, pagando ou não, teriam atendimento igual. Há mais de 40 anos, comanda a Fundação Antônio Prudente, que congrega uma escola, um clube para pacientes até 18 anos e a Rede Feminina de Combate ao Câncer.

ORIANA FALLACI
Repórter das mais famosas, entrevistou o líder palestino Yasser Arafat, o rei Hussein, da Jordânia, Golda Meir e o Aiatolá Khomeini, na frente de quem tirou o chador (véu obrigatório às mulheres iranianas). Manteve um longo romance com o líder da resistência grega, Panagoulis, morto numa emboscada, sobre quem escreveu o livro O Homem (1981).

MELANIE KLEIN
Explorou a psicanálise da primeira infância. Aperfeiçoou sua técnica como analista de crianças em Berlim. Foi a maior rival de Anna Freud (filha de Freud), interessando-se também pela herança genética.

VALENTINA TERESHKOVA
Primeira mulher a participar de uma missão espacial, a soviética Valentina Tereshkova, engenheira e tenente-coronel da Força Aérea, enfrentou duros testes e treinamento para fazer dezenas de volta ao redor da Terra em 72 horas. Mais tarde, teve dois filhos saudáveis com o astronauta Adrian Nikolayev.

RACHEL CARSON
Escritora e bióloga, foi precursora do movimento ecológico. Em seu livro Silent Spring (1962), alertou o governo de seu país (EUA) sobre o desequílibrio ecológico que ocorreria o uso indiscriminado de pesticidas.

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