CARMEN MIRANDA












Carmen Miranda nasceu em Marco de Canaveses, em Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909. Seu nome de batismo é Maria do Carmo Miranda da Cunha.
Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, ganhava a vida como barbeiro, e sua mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, ajudava nos afazeres domésticos.
A família se mudou para o Brasil quando Carmen tinha entre apenas 10 meses de idade.
Quando Carmen tinha 14 anos, sua irmã Olinda pegou tuberculose e como os gastos com o tratamento eram muito altos, Carmen começou a trabalhar em uma loja de gravatas para ajudar nas despesas. Depois desse emprego, ela foi trabalhar em uma loja de moda, La Femme Chic, na Rua do Ouvidor, onde aprendeu a modelar chapéus. Em pouco tempo, passou a trabalhar por conta própria e o negócio chegou a ser tão lucrativo que seu irmão Mário largou o emprego para se dedicar à entrega dos chapéus que Carmen fazia.
Em 1926, com 17 anos, Carmen já pensava em fazer cinema e se apresentava em festas em casas de família, além de participar como figurante em algumas filmagens.
Em 1928, o deputado baiano Aníbal Duarte apresentou Carmen a Josué de Barros. Josué trabalhava na Rádio Sociedade Professor Roquete Pinto e levou Carmen para atuar na emissora. Ele queria ouvir sua voz em disco, então a apresentou ao diretor da Brunswick e em 1929, ela gravou sua primeira música - o samba Não vá simbora.
A música Taí com a marcha-canção Pra Você Gostar de Mim foi um sucesso e o disco vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, recorde para a época, assim o famoso guaraná Taí recebeu esse nome por causa da canção.
No dia 1º de agosto de 1930, Carmen Miranda assinou contrato com a RCA Victor por dois anos.
Em 1932, Carmen estreou em seu primeiro filme O Carnaval Cantado no Rio.
Em março de 1933, estreou A Voz do Carnaval.
Em agosto de 1933, a cantora assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, e foi nessa época que ela recebeu o apelido de “A Pequena Notável”.
Entre fevereiro e julho de 1935, Carmen estava nas telas com dois novos filmes: Alô alô Brasil!
Entre a estréia de um filme e outro, Carmen iniciou um contrato milionário com a gravadora Odeon e viajou para Buenos Aires, cumprindo contrato com a rádio Belgrano.
Em janeiro de 1936, Carmen atuou no Cassino Copacabana com enorme sucesso e estreou seu quarto filme Alô Alô Carnaval.
No dia 1º de dezembro de 1936, Carmen estreou na rádio Tupi, que a tirou da Mayrink Veiga com um contrato milionário, e a tornou a cantora de rádio mais cara do Brasil. Duas semanas depois pela primeira vez ela apresentou-se no sofisticado Cassino da Urca, e novamente em fevereiro de 1937.
Em 10 de fevereiro de 1939, Carmen estreou em seu sexto filme, Banana da Terra, e pela primeira vez usou o traje de baiana que imortalizaria a música O Que É Que A Baiana Tem?, incluída no filme. No mesmo mês a campeã de patinação Sonja Henie e o produtor teatral Lee Shubert desembarcaram no Rio de Janeiro. Ambos foram ao Cassino da Urca assistir ao espetáculo de Carmen Miranda e se encantaram com ela. Sonja então lhe fez o convite para atuar na Broadway. Carmen quebrou seu contrato com o empresário do Cassino da Urca e no dia 4 de maio de 1939, a embaixatriz do samba embarcou para os EUA junto com o conjunto Bando da Lua, a bordo do transatlântico Uruguay.
No dia 29 de maio, ela fez seu primeiro contato com o público americano e foi um sucesso. Carmen caiu no gosto do povo que simpatizou com seu sotaque e pronúncia errada da língua inglesa. Em pouco tempo, a “Pequena Notável” estava nos principais jornais e revistas dos EUA. A loja Saks Fifth Avenue, faturou milhões lançando com exclusividade os seus turbantes e balangandãs. Seu sucesso foi tão imediato que em seis meses, Carmen mandou para sua família no Rio de Janeiro o equivalente a 40 mil dólares.
Em 1940, a 20th Century Fox se aproximou de Carmen e a convidou para filmar em Nova Iorque o filme Down Argentine Way (Serenata Tropical). Que entre o público americano, foi um sucesso. No mesmo ano, Carmen passou alguns meses no Brasil, foi madrinha do casamento de sua irmã Aurora e se apresentou no Cassino da Urca. Mas a atriz sofreu algumas críticas da imprensa que alegava que ela tinha voltado para o Brasil muito americanizada.
A Fox preparava um novo filme para Carmen: That Night in Rio (Uma Noite no Rio). Estreou em 1941 e ficou famosa a cena em que Carmen canta Chica, Chica, Boom, Chic. No mesmo ano, chegou às telas o filme Weekend in Havana (Aconteceu em Havana). E os sucessos foram se somando. Em 1942, fez Springtime in the Rockies (Minha Secretária Brasileira), onde canta a famosa música O Tique Tique Taque Do Meu Coração; Em 1943 filmou The Gang´s All Here (Entre A Loura E A Morena). Em 1944, três novos filmes da Brazillian Bombshell estrearam no cinema: Four Jills In A Jeep (Quatro Moças Num Jipe); Greenwich Village (Serenata Boêmia); e Something For The Boys (Alegria, Rapazes!).
Em 1945, logo que terminou a 2º Guerra mundial, Carmen estreou o filme Doll Face (Sonhos De Estrela). No ano seguinte fez If I´m Lucky (Se Eu Fosse Feliz). Este foi seu último filme para a 20th Century Fox. Em 1947, trabalhou para a United Artists e estreou no filme Copacabana, cantando a famosa canção Tico-Tico No Fubá. Durante as filmagens, conheceu David Alfred Sebastian, com quem se casou no mesmo ano. Em 1948, a Metro-Goldwyn-Mayer lançou A Date With Judy (O Príncipe Encantado), onde Carmen atua ao lado de Elizabeth Taylor. Em 1950, Carmen estreou o filme Nancy Goes To Rio (Romance Carioca), em que aparece com seu famoso turbante com sombrinhas de frevo estilizadas. Em 1953, Carmen fez seu último filme, Scared Stiff (Morrendo De Medo), em que contracenou com a dupla Dean Martin & Jerry Lewis e Dorothy Malone.
A partir dos meados da década de 40, Carmen passou por uma maratona de shows nos EUA e em vários países do mundo. Devido ao estresse e a conflitos íntimos com o marido, passou por uma fase de depressão aguda e chegou a fazer vários tratamentos de choque elétrico. Chegaram à conclusão que uma viagem ao Brasil poderia lhe fazer bem. A “Pequena Notável” voltou ao Rio de Janeiro depois de 14 anos. Ela permaneceu durante 49 dias longe do público e aos poucos foi melhorando. Passou a atender a convites para se apresentar, e o primeiro foi de Grande Otelo, seu parceiro no Cassino da Urca.
No dia 4 de abril, Carmen voltou aos EUA, onde vários compromissos já a esperavam. O primeiro deles foi a inauguração do famoso cassino em Las Vegas, New Frontier. Logo depois, viajou para Cuba, onde pegou uma forte bronquite. Sem ter se recuperado totalmente, participou das gravações de um show para televisão com o cômico Jimmy Durante. No dia da gravação, em 5 de agosto de 1955, sentiu uma forte tontura e caiu de joelhos. À noite, ela havia marcado uma reunião em sua casa para comemorar o sucesso do programa. Por volta das duas da manhã, Carmen pediu licença aos convidados e subiu. Ela teve um ataque cardíaco e faleceu enquanto tirava a maquiagem. David a encontrou caída no banheiro.
A família decidiu realizar seu enterro no Brasil, e seu corpo foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 1955. Os pertences da “Pequena Notável” foram doados pelo marido e pela família ao Museu Carmen Miranda em 1956, porem, o museu só foi inaugurado no dia 5 de agosto de 1976, no Rio de Janeiro.

Lançamento da biografia Carmen Miranda por Ruy Castro

Carmen, o novo livro de Ruy Castro, lançado pela Companhia das Letras em Dezembro de 2005, é a mais completa biografia da estrela já publicada. Foram anos de pesquisa e entrevistas com mais de 600 pessoas. Ruy revela fatos da vida da atriz que nem os próprios familiares tinham conhecimento. A biografia está à venda em todas as livrarias do país.

Bananas Is My Business

Bananas Is My Businessconta a extraordinária história de Carmen Miranda. Usando raríssimo material de arquivo, trechos de filmes, entrevistas e reconstituições encenadas, Bananas Is My Business é um filme riquíssimo sobre a estrela brasileira que conquistou o coração do mundo. O filme tem direção de Helena Solberg e produção de David Meyer.

Citações de Carmen

“Vou empregar todos os meus esforços para que a música popular do Brasil conquiste a América do Norte, o que seria um caminho para a sua consagração em todo o mundo.” (Entrevista dada ao Diário de Notícias cinco dias antes de embarcar para os EUA -1939)

"Eu desmereço os artistas que dizem que não é preciso ganhar um prêmio para ter seu talento reconhecido. Se eu fosse uma verdadeira atriz (Sou apenas uma intérprete) eu daria tudo de mim para ganhar um Oscar, ainda mais sabendo que a Academia é uma instituição formada por pessoas que realmente entendem do assunto."

"Eu escolhi meu anel de casamento pesado e grosso para ele durar para sempre. Mas exatamente por causa disso toda hora que eu e Dave temos uma discussão eu o sinto como uma algema, e no momento de raiva eu o jogo no lixo. Coitado do Dave, ele já comprou três aneis de casamento para mim!"

"Nunca segui o que dizem que 'está na moda'. Acho que a mulher deve usar o que lhe cai bem. Por isso criei um estilo apropriado ao meu tipo e ao meu gênero artístico."

"Dizem que minhas mãos "falam". Não sei. Mas procuro transmitir o máximo através delas, nos movimentos e expressões rítmicas. E, ao contrário do que comentam, não comecei esse estilo para que os americanos me entendessem. Já no Brasil, quando cantei O Que é Que a Baiana Tem? no filme Banana da Terra, eu usava as mãos como coreografia. Depois, aperfeiçoei mais os gestos para o cinema americano."

"Nasci em Portugal, mas me criei no Brasil e, portanto, considero-me brasileira. O local do nascimento não importa, nem sequer o sangue. O que importa é o que os americanos chamam de "environment", a influência do país e dos costumes em que vivemos, se bem que sempre existe um grau de gratidão e fidelidade aos pais que nos geraram. Da minha parte, sou mais carioca, mais sambista de favela, mais carnavalesca do que cantora de fados. O sangue tem uma certa importância, mas só no temperamento, não na maneira de sentir as coisas."

Apelidos: Pequena Notavel, Embaixatriz do Samba, "The Brazilian Bombshell"
Local de morte: Beverly Hills, California, EUA
Altura: 1,54m
Peso: Entre 48kg e 56kg
Cor dos cabelos: Castanhos
Cor dos olhos: Verdes
As plataformas de Carmen chegavam a ter 18cm.
Maria do Carmo recebeu seu apelido Carmen em homenagem a Carmen da ópera de Bizet.
Carmen Miranda foi a primeira Sul americana a estampar suas mãos, pés e assinatura na calçada da fama.
Carmen se apresentou em países como Itália, Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Noruega, mas nunca em seu país de origem, Portugal.
Em 1946, Carmen foi a atriz que mais pagou imposto de renda nos EUA.
Em 1998, quarenta e três anos após a morte de Carmen Miranda, a interseção entre a Hollywood Boulevard e a Orange Drive recebeu o nome de Carmen Miranda Square.

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