BOND,JAMES BOND













James Bond, também conhecido pelo código 007, é um agente secreto britânico fictício, criado pelo escritor inglês Ian Fleming em 1953. Bond trabalha pelo serviço de espionagem e inteligência MI-6.

James Bond foi primeiramente apresentado ao público em livros de bolso na década de 50 e logo tornou-se um sucesso de vendagem entre os britânicos. Logo tornou-se uma grande franquia no cinema, com vinte e um filmes desde 1962, e o 22º planejado para 2008.

Em suas doze aventuras originais completas, entre elas Casino Royale, Dr. No, Goldfinger e Octopussy, Bond era descrito como um homem alto, moreno, de olhar penetrante, viril, porte atlético e sedutor na casa dos trinta anos, apreciador de vodka-martini (batido, não mexido!)
exímio atirador com licença 00 para matar (sétimo agente desta categoria especial, daí seu código 007) e perito em artes marciais, que combatia o mal pelo mundo (muitas vezes representado pela URSS naqueles tempos de Guerra Fria), a serviço do governo de Sua Majestade, sempre com charme, elegância e cercado de belas mulheres.

O primeiro livro estrelado por James Bond foi Casino Royale, lançado em 1953. Daí, todo ano, Ian Fleming ia pra sua casa na Jamaica, chamada GoldenEye, para escrever um novo livro, até sua morte em 1964.

1953 Casino Royale
1954 Live and Let Die
1955 Moonraker
1956 Diamonds Are Forever
1957 From Russia with Love
1958 Dr. No
1959 Goldfinger
1960 For Your Eyes Only
1961 Thunderball
1962 The Spy Who Loved Me
1963 On Her Majesty's Secret Service
1964 You Only Live Twice
1965 The Man with the Golden Gun
1966 Octopussy and The Living Daylights

Após a morte de Fleming, em 1968, Kingsley Amis, amigo de Fleming (sob o pseudônimo Robert Markham) escreveu Colonel Sun. Em 1973, John Pearson lançou James Bond: The Authorised Biography of 007, uma "autobiografia" do espião.

Nas décadas de 80 e 90, John Pearson escreveu quatorze livros originais, até se aposentar por problemas de saúde.

1981 Licence Renewed
1982 For Special Services
1983 Icebreaker
1984 Role of Honour
1986 Nobody Lives For Ever
1987 No Deals, Mr. Bond
1988 Scorpius
1989 Win, Lose or Die
1990 Brokenclaw
1991 The Man from Barbarossa
1992 Death is Forever
1993 Never Send Flowers
1994 SeaFire
1996 COLD


Raymond Benson seguiu-o com nove livros, e três histórias curtas. Se retirou em 2002 e, desde então, nenhum livro novo foi lançado.

1997 Blast From the Past (história)
1997 Zero Minus Ten
1998 The Facts of Death
1999 "Midsummer Night's Doom" (história)
1999 Live at Five (história)
1999 High Time to Kill
2000 Doubleshot]]
2001 Never Dream of Dying
2002 The Man with the Red Tattoo

Além disso, filmes com enredos originais receberam novelizações. The Spy Who Loved Me e Moonraker foram escritos pelo roteirista Christopher Wood. Os "escritores oficiais" assinaram as seguintes: John Pearson - Licence to Kill e GoldenEye, e Raymond Benson - Tomorrow Never Dies, The World Is Not Enough e Die Another Day.

O livro Moscou contra 007 foi publicado pela primeira vez no Brasil em 1965, mas tratava-se de uma segunda edição já que a mesma estória foi publicada em 1963 com o título Espionagem.

Os filmes de 007 foram produzidos inicialmente por Harry Saltzman e Albert Broccoli, detentores dos direitos cinematográficos de quase toda a obra já escrita por Ian Fleming e donos da produtora EON (Everything or Nothing). Em 1975, Saltzman abandonou a franquia. Desde 1995, os filmes são produzidos pela filha de Albert, Barbara Broccoli, e seu meio-irmão Michael G. Wilson.

Válido como curiosidade, James Bond também foi vivido no cinema pelo ator inglês David Niven, na primeira versão cinematográfica de Cassino Royale. Todavia, tal filme não pertence à série "oficial". Curioso, também é o fato de que o mencionado ator era o favorito de Ian Fleming para interpretar o espião, devido às suas características físicas e aparência elegante, refinada.

Em 1962, foi lançado o primeiro filme, Dr. No, com o personagem James Bond interpretado pelo então semi-desconhecido escocês Sean Connery.

O filme, feito com apenas US$ 1 milhão (orçamento irrisório, até para a época), estourou nas bilheterias de todo o mundo, transformando Connery num ícone dos anos 60, que com a sua espetacular popularidade internacional fez surgir uma nova histeria mundial vinda da terra da beatlemania da época: a bondmania.

Alguns dos fatores de maior empatia da série com o público, além do carisma e do charme de seu personagem principal, têm sido sem dúvida os mirabolantes vilões , os gadgets mortais e de alta tecnologia, suas canções-tema e suas maravilhosas bond-girls.

As mais variadas estrelas do cinema internacional já passaram pela pele dos terríveis inimigos de Bond, do pioneiro Dr. No interpretado por Joseph Wiseman; passando pelo vilão Goldfinger, interpretado por Gert Fröbe; Ernst Blofeld, o líder da organização criminosa SPECTRE vivido por Donald Pleasance, Telly Savallas e Charles Gray em filmes diferentes; Francisco Scaramanga, vivido por Christopher Lee em The Man with the Golden Gun; o capanga Jaws, interpretado pelo gigante Richard Kiel em The Spy Who Loved Me e Moonraker; até o Khamal Khan de Louis Jourdan em Octopussy, e o Renard de Robert Carlyle, principal vilão de The World Is Not Enough.

Bond também não seria o espião invencível que é se não fossem os brinquedos tecnológicos que o acompanham desde o início, e que por tantas vezes lhe salvaram a vida, todos produzidos no laboratório de pesquisas do MI-6 pelo irascível “Q”, o gênio inventor da agência de espionagem, vivido por Desmond Llewelyn. Falecido num acidente de automóvel no fim de 1999, Lewellyn foi o ator que mais participou dos filmes de James Bond: esteve em todos, à exceção do pioneiro Dr. No e de Live and Let Die.

Entre esses brinquedinhos tornaram-se famosos a Lotus, o carro esporte-submarino-lançador-de-misséis de The Spy Who Loved Me; o Aston Martin com chapa blindada à prova de balas que protegia o vidro traseiro de Goldfinger; Little Nellie, o mini-helicóptero desmontável de You Only Live Twice, e até mesmo um brinquedinho não criado por “Q”, mas pela NASA, o jipe lunar usado por Sean Connery em uma de suas fugas no filme Diamonds Are Forever.

As sempre inovadoras vinhetas de apresentação na abertura dos filmes, criadas pelo artista gráfico Maurice Binder, se tornaram uma atração à parte dentro do próprio filme e revolucionaram o design cinematográfico nos anos 60 e anos 70.

As famosas canções-título também marcaram época, como Goldfinger e Diamonds Are Forever, na voz da cantora Britanica Shirley Bassey; Nobody Does It Better, tema de The Spy Who Loved Me, cantada por Carly Simon e líder de todas as paradas de FM do fim dos anos 70; ou Goldeneye, com Tina Turner, ajudaram os filmes de Bond a se tornar os mais populares filmes de aventura e espionagem em todo o mundo por décadas, mesmo tendo sido imitados e parodiados dezenas de vezes e jamais igualados.

Mas são as famosas bond-girls, as namoradas do agente especial, que trouxeram aos filmes de 007 o ar de sofisticação, beleza e sensualidade, que são a sua marca registrada. Entre goles de champagne Bollinger e Don Perignon, lençóis de seda inglesa, peles de raposa, tapetes persas, castelos e cenários de sonho em todo o planeta, a série lançou ao mundo as atrizes: Ursula Andress, Daniela Bianchi, Honor Blackman, Claudine Auger, Mie Hama, Diana Rigg, Jill St. John, Jane Seymour, Britt Ekland, Barbara Bach, Lois Chiles, Carole Bouquet, Maud Adams, Kim Basinger, Tanya Roberts, Maryam D'Abo, Carey Lowell, Izabella Scorupco, Michelle Yeoh, Sophie Marceau, Denise Richards, Halle Berry e Eva Green.

Bond estrelou também três filmes "bastardos": em 1954, uma adaptação para a televisão de Casino Royale teve Barry Nelson no papel do espião; a paródia Casino Royale, de 1967, com David Niven; e Never Say Never Again, de 1983, refilmagem de Thunderball, estrelada por Sean Connery.

No Brasil:

007 Contra o Satânico Dr. No - 1962 - Sean Connery
Moscou contra 007 - 1963 - Sean Connery
007 contra Goldfinger - 1964 - Sean Connery
007 contra a chantagem atômica - 1965 - Sean Connery
Com 007 só se vive duas vezes - 1967 - Sean Connery
007 a serviço secreto de Sua Majestade - 1969 - George Lazenby
007 - Os diamantes são eternos - 1971 - Sean Connery
Com 007 viva e deixe morrer - 1973 - Roger Moore
007 contra o homem com a pistola de ouro - 1974 - Roger Moore
007 - O espião que me amava - 1977 - Roger Moore
007 contra o foguete da morte - 1979 - Roger Moore
007 - Somente para seus olhos - 1981 - Roger Moore
007 contra Octopussy - 1983 - Roger Moore
007 na mira dos assassinos - 1985 - Roger Moore
007 marcado para a morte - 1987 - Timothy Dalton
007 - Permissão para matar - 1989 - Timothy Dalton
007 contra GoldenEye - 1995 - Pierce Brosnan
007 - O amanhã nunca morre - 1997 - Pierce Brosnan
007 - O mundo não é o bastante - 1999 - Pierce Brosnan
007 - Um novo dia para morrer - 2002 - Pierce Brosnan
007 - Cassino Royale - 2006 - Daniel Craig

Curiosidades:

Ian Fleming tirou o nome James Bond do autor de um livro predileto de sua esposa, sobre ornitologia dos anos 50, Birds of the West Indies. Aliás, há uma referência ao livro no último filme de Pierce Brosnan (Die Another Day), na cena em que James Bond tem justamente este livro nas mãos.

Ao ser entrevistado por Albert Broccoli em 1962, para o papel do então futuro James Bond das telas, reza a lenda que Sean Connery, um homem de quase dois metros de altura, forte e de personalidade envolvente e voz grave, conversou com o poderoso produtor com um pé em cima da mesa dele e saiu batendo a porta. Ao ver o ator andando na rua ao deixar seu escritório, se movendo naturalmente como um gato, Broccoli virou-se para seu sócio Saltzman e comentou: “Esse é o homem”.

A italiana Daniela Bianchi, de From Russia With Love, o segundo filme da série, foi a mais nova de todas as bond girls; tinha 21 anos na época do lançamento do filme, em 1963. A sueca Maud Adams foi a mais velha; tinha 38 anos no papel-título de Octopussy.

Daniela Bianchi teve que ser dublada em From Russia With Love por causa do forte sotaque italiano falando inglês. O ator Gert Fröbe também precisou de dublagem em Goldfinger, por ter um sotaque igualmente forte, em alemão.

A explicação para os vinte filmes ditos oficiais de James Bond apesar de Ian Fleming ter escrito apenas doze aventuras completas é que após sua morte em 1964, e na falta da novas histórias, roteiristas escreveram filmes inteiros baseados em pequenos contos de sua autoria, em pequenas citações e anotações de personagens e aventuras, e em novelas inacabadas, como The Man with the Golden Gun, ou mesmo criando novas aventuras completas, todas com os personagens originais de Fleming e mantendo o mesmo estilo aventureiro criado por seu autor original, apenas adaptando-o para o mundo moderno, como é o caso do inglês Raymond Benson, responsável pelas últimas histórias do agente secreto levadas às telas e considerado o melhor tradutor do estilo de Fleming.

São considerados filmes oficiais de James Bond todos os filmes produzidos pela EON, a produtora de Albert Broccoli e Harry Saltzman, ambos já falecidos. A EON detém os direitos de filmagem de todas as histórias originais de Ian Fleming desde 1960 e é responsável por quase todos os filmes, além de criar as novas histórias do espião. Apenas dois filmes foram feitos sem a responsabilidade da EON: Casino Royale, a primeira novela escrita por Fleming em 1953, cuja obra impressa teve os direitos comprados anteriormente por outros produtores, e Never Say Never Again, uma refilmagem da história de Thunderball, também pertencente a outros produtores.

Pierce Brosnan, o penúltimo James Bond, era o favorito do produtor Albert Broccoli para assumir o posto do super-espião desde 1985, quando Roger Moore aposentou-se aos 58 anos de idade. Entretanto, um contrato de televisão vigente com a BBC, na série Remington Steele, de muito sucesso na Inglaterra nos anos 80, impediu o ator de aceitar o convite.

Timothy Dalton, ator de formação shakesperiana e um antigo postulante ao cargo, teve então a oportunidade de vestir a pele de 007. Dalton entretanto durou apenas dois filmes e, finalmente, em 1995, Brosnan apareceu como Bond em GoldenEye.

A loira sueca Britt Ekland, ex-mulher do falecido ator Peter Sellers e do roqueiro Rod Stewart, completava exatos vinte anos no dia do lançamento do filme Dr. No, em 9 de outubro de 1962. Fascinada com a presença de Ursula Andress no filme, Britt saiu do cinema jurando que seguiria a carreira de atriz e seria uma bond-girl algum dia. Doze anos depois, ela estrelava ao lado de Roger Moore o filme The Man with the Golden Gun, como a bond-girl agente especial Mary Goodnight.

Goldfinger e Thunderball, terceiro e quarto filmes da série, venderam em conjunto nos EUA cerca de 140 milhões de ingressos nas bilheterias, mais do que grandes sucessos atuais como O Senhor dos Anéis e os filmes de Harry Potter juntos.

Cinco contos originais de Ian Fleming não foram transformados em filmes:Quantum of Solace, Risico, The Hildebrand Rarity, 007 in New York e The Property of a Lady, o último foi mencionado no filme Octopussy com o ovo de Ferbegé.

O titúlo original de A View to a Kill (007 Na mira dos assassinos, em português) era From A View To a Kill, mostrado até nos créditos finais de Octopussy, mas por alguma razão o From foi tirado.

Um dos sonhos do então jovem diretor Steven Spielberg, trinta anos atrás, era dirigir um dos filmes de James Bond. Como não conseguiu, resolveu criar seu próprio herói, uma espécie de Bond de calças curtas, a quem deu o nome de Indiana Jones. As homenagens de Spielberg ao herói de Ian Fleming, não pararam por aí, pois no filme Indiana Jones e A Última Cruzada, Sir Sean Connery protagonizou o pai de Indiana Jones.

Segundo muitos fãs, George Lazenby e Timothy Dalton foram os piores James Bond do cinema. Mas segundo muitos dos profundos conhecedores da obra de Ian Fleming, ambos os atores foram os que melhor desempenharam o papel, pois foram fidedignos ao Bond dos livros.

Ian Fleming, Sean Connery e Roger Moore foram todos agraciados com o título de Sir pela Rainha Elizabeth II, uma grande fã dos livros e filmes do agente 007.

O estilo refinado, o gosto pelo jogo, a incapacidade de resistir a belas mulheres, a astúcia e a inteligência de James Bond foram inspiradas num personagem da vida real, Dusko Popov, um iugoslavo que atuou como agente duplo durante a Segunda Guerra Mundial.

O pai de James Bond era escocês e a mãe suíça e ambos morreram num acidente quando Bond, que era filho único, tinha apenas onze anos. Bond perdeu sua virgindade em Paris, aos dezesseis anos de idade.

Daniel Craig, o atual James Bond, foi bastante criticado pela imprensa e pelos fãs-clubes por ser loiro a baixo para o papel, mas com o sucesso de Cassino Royale, seu trabalho passou a ter uma recepção entusiástica.

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